A escolha do terreno é uma das principais etapas do projeto de uma casa. Portanto, é fundamental que se observe todos os aspectos positivos e negativos de cada terreno selecionado antes de tomar uma decisão. Abaixo, levantamos alguns pontos para ajudar na escolha do terreno e, também, no desenvolvimento do Projeto Arquitetônico.
1. Topografia do terreno
O Levantamento topográfico, tão importante antes de começar qualquer projeto de arquitetura, é uma representação gráfica (em desenho) das características físicas de um terreno. Através desse levantamento, podemos verificar não apenas as dimensões e a área do terreno, mas principalmente sua declividade.
Basicamente existem 3 tipos de terreno: plano, em aclive ou em declive. O terreno plano é aquele onde a frente e o fundo do terreno estão praticamente nivelados. Terreno em aclive sobe em direção ao fundo; e em declive, o terreno desce em direção ao fundo.
Quando o terreno é em aclive ou declive, com inclinações acentuadas, um bom projeto pode aproveitar melhor a topografia natural e evitar grandes cortes de terra ou aterros. É esta movimentação de terra que deixa a obra mais cara, pois é preciso pensar em estruturas de contenção (muro de arrimos) e de drenagem, que geralmente são caras de executar.
Por outro lado, os terrenos mais íngremes costumam custar menos que os planos e permitem visuais bem interessantes quando a construção é bem pensada e o arquiteto tira proveito desses fatores para desenvolver um projeto com uma implantação e conceito diferenciados.
2. Posição do Sol
A orientação do sol é um fator igualmente importante e determinante para o conforto e satisfação das pessoas que vão morar nesse imóvel. As primeiras perguntas que o Arquiteto deve fazer ao visitar um terreno pela primeira vez são: Onde está o Norte? Onde o sol nasce? Qual o melhor posicionamento e implantação da casa? No hemisfério sul, de maneira geral, é a face Norte que recebe a maior parte da insolação ao longo do dia; a face Leste, recebe o sol da manhã; a face Oeste, recebe o sol da tarde; e a face Sul, praticamente não recebe insolação direta. Quando o arquiteto começa os primeiros estudos da implantação da casa, esses aspectos precisam ser levados em consideração para distribuir os ambientes. Por exemplo: é recomendado que os quartos estejam voltados para o Leste, o agradável sol da manhã. Consequentemente evitará o aquecimento excessivo do sol da tarde (Oeste).
É claro que há outros fatores que precisam ser considerados nesse primeiro momento: como são as construções vizinhas? Elas podem prejudicar a insolação de alguma forma? Como é a vista (tem algum ponto de destaque)?
Novamente, vale lembrar, tudo depende do objetivo pelo qual você está buscando o terreno perfeito, além disso, um projeto bem pensado pode lhe oferecer o melhor de cada uma dessas posições.
3. Áreas de Mata Nativa
Veja se o terreno tem muitas árvores. Se você quiser retirar algumas no local onde vai fazer a casa, verifique na prefeitura se aquele terreno tem restrições. As árvores nativas são protegidas por diversas leis e você precisará pedir uma licença se quiser cortar. Com a ajuda de um Arquiteto é possível planejar a construção sem derrubar praticamente nenhuma das árvores, fazendo um projeto em que elas fiquem bem integradas à casa. Há também locais de preservação ambiental que não podem ser desmatados e construídos e faixas próximas a rios que devem ser preservadas. Se informe.
Depois de ter avaliado todos esses pontos, é muito importante que você tenha clareza de qual é o seu sonho. Pensar no tipo casa que deseja construir é fundamental para escolher o terreno. O que é importante para você: muito espaço livre? ou uma casa que ocupe bem o terreno, com muitos cômodos? economizar na compra ou economizar na obra? Pensar também o quanto esse terreno facilita a construção da casa que você deseja.
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